Alessandra Moja Cunha, presa nesta segunda-feira (8), durante a Operação Sharpe, na Favela do Moinho, no centro de São Paulo, se apresentava como líder comunitária, mas, segundo o Ministério Público e a polícia, agia para cumprir ordens e defender os interesses do irmão, Leonardo Moja, o Leo do Moinho, apontado como uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região.
ATUAÇÃO COMO LIDERANÇA LOCAL
Alessandra é presidente de uma ONG que afirma representar famílias da Favela do Moinho. No endereço da entidade, entretanto, a polícia já havia encontrado maconha, cocaína e crack que seriam destinados ao tráfico no centro da capital.
Além disso, Alessandra tem antecedentes criminais e já foi condenada e presa por homicídio. A vítima foi morta com golpes de faca, segundo a investigação.

LIGAÇÃO COM LEO DO MOINHO
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) aponta que Alessandra executava as ordens do irmão, que, mesmo preso, continuava exercendo influência no tráfico de drogas e no controle da região.
Preso no ano passado, Leo do Moinho já acumula penas de 8 anos e 7 meses por integrar o PCC e participar do tráfico de drogas, além de 16 anos e 9 meses por envolvimento na morte de um usuário de drogas, esfaqueado, desovado e queimado na própria favela.
Ele também foi denunciado na Operação Salut et Dignitas, deflagrada em agosto de 2024 pelo Gaeco, quando estava em liberdade condicional e voltou a ser preso

A OPERAÇÃO SHARPE
A ação desta segunda-feira (8) foi deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), em conjunto com as polícias Civil e Militar. O objetivo foi desarticular lideranças do tráfico que atuavam na Favela do Moinho.
Foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão.
Além de Alessandra Moja, foram presos José Carlos da Silva, conhecido como Carlinhos, integrante do PCC nomeado por Leo para comandar o tráfico local após sua prisão, e outros oito suspeitos: Jorge de Santana, Claudio dos Santos Celestino, Paulo Rogério Dias, Yasmim Moja Flores, Ronaldo Batista de Almeida, Reginaldo Terto da Silva, Ademario Goes dos Santos e Leandra Maria de Lima.

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