Decisão do STJ considerou frágeis os fundamentos da prisão preventiva; artista é acusado de crimes como tráfico e tentativa de homicídio contra policiais
O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, deixou a prisão nesta sexta-feira (26), após determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O artista estava em prisão preventiva há 66 dias, acusado de crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.
A decisão foi tomada pelo ministro Joel Ilan Paciornik, que considerou insuficientes os argumentos usados pela Justiça do Rio de Janeiro para manter a detenção. Segundo o magistrado, fundamentos como risco de reiteração delitiva e possibilidade de fuga não se mostraram sólidos. Ele também ressaltou que Oruam é réu primário e se apresentou espontaneamente às autoridades.
ACUSAÇÕES EM ANDAMENTO
Apesar da soltura, o rapper continua respondendo a diferentes processos. Entre eles está o de tentativa de homicídio contra policiais, em que o Ministério Público acusa o artista de arremessar pedras contra agentes durante uma operação em sua residência. A denúncia já foi aceita pela Justiça fluminense, que destacou a repercussão social negativa da conduta por se tratar de uma figura pública.
Oruam também acumula passagens recentes pela polícia em 2025. Em uma blitz na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, chegou a ser detido e autuado por direção perigosa, sendo liberado após pagamento de fiança.
PROXIMOS PASSOS
Com a decisão do STJ, Oruam volta ao convívio social, mas seguirá acompanhado de perto pela Justiça. A expectativa é de que sejam impostas medidas cautelares, como restrição de contato e obrigação de comparecimento em juízo, para garantir o andamento das ações penais.
A soltura repercute tanto no meio jurídico quanto artístico, marcando uma nova fase na trajetória do rapper, que agora terá de conciliar a carreira com os desdobramentos judiciais.
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